23/01/2014

Sei lá

<breve_explicação_enumerando_os_motivos_pelos_quais_não_tenho_aparecido_aqui_ultimamente>
Não me apeteceu.
</breve_explicação_enumerando_os_motivos_pelos_quais_não_tenho_aparecido_aqui_ultimamente>

Ontem à tarde, por mensagem:
- Queres ir ver a antestreia do Golpada Americana?
- Não sei se me vai apetecer.
- Anda lá. O filme parece ser muito bom.
- Amanhã tenho de acordar mais cedo. Onde é?
- Não sei ainda. Isso interessa?
- Não tens com quem ir?
- Não. O que é preciso eu fazer para te convencer a ires comigo?
- Está bem, pronto, eu vou!

Pensei cá mim: "Esta técnica de lhe perguntar o que é preciso eu fazer para a convencer é infalível!"

Passado uma hora:
- Olha, eu sei que disse que ia, mas não me está nada a apetecer ir.
- ...
- Chateias-te muito se não formos?
- Não, até porque não vou deixar de ir. Vou sozinho.
- E vais deixar-me aqui sozinha em casa?
Não disse isto, mas pensei em dizer: "Sim. E se tiver oportunidade, hei-de sentar-me ao lado da tipa mais jeitosa que encontrar." E também pensei que aquela minha técnica infalível não é assim tão infalível ou então é infalível mas de curto prazo.

Chego a casa e ela pergunta-me:
- Onde foste almoçar?
- Ao mesmo sítio de ontem?
- Bem me parecia.
- Porquê?
- Porque a tua roupa cheira a fritos, tal como ontem.

Entretanto lá fui eu para o cinema, sozinho. Sento-me num sítio mais ou menos bem enquadrado e ficam ainda duas cadeiras disponíveis ao meu lado. Entretanto chega uma moça jeitosa que me pergunta se a cadeira ao meu lado estava ocupada. Penso: "Estas tipas fazem tudo para meter conversa com um gajo". Digo-lhe que não e ela senta-se mesmo ao meu lado. "Que lata! Podia sentar-se uma cadeira mais para lá". Passados uns minutos, chega o respetivo dela e penso "Afinal, só meteu conversa comigo porque teve de ser".

Depois veio o filme. Este ano ainda não tinha visto um filme tão bom. Foi mesmo bom! E tem um final surpreendente, como se quer.

Mas surpreendente também foi o facto da moça que se sentou ao meu lado ter saído a meio do filme, deixando lá o respetivo. Fiquei sem perceber porquê. Mais tarde percebi. Eu devia de ter mudado de roupa.

14/01/2014

Sondagem

Se um jornal colocasse em primeira página e em letras garrafais o seguinte título:

Rei morto, Rei posto

Como reagiriam? Considerariam de mau gosto ou apropriado? Ou nem uma coisa nem outra? Ou ambas?

Update: Isto a propósito do falecimento do Eusébio e da conquista da Bola de Ouro do Ronaldo.

10/01/2014

Skype

Ontem à noite a minha tia ligou-me pelo skype. Foi a primeira vez que o fez. Estava toda contente por ter conseguido fazer bem à primeira. Diz ela:
- Consegues ver-me?
- Sim estou a vê-la bem.
- É que eu não te estou a ver. Não sei se tenho de fazer alguma coisa aqui.
- Não, tia. A minha câmara é que não está a funcionar e não estou a perceber porquê.
- Ai rapazinho... Não percebes nada disto.

A minha tia tem 78 anos.

03/01/2014

Instrumento musical

Ontem enquanto espreitávamos os saldos, diz ela:
- Acho que vou levar estas leggings.
- A sério? Não gosto muito.
- Porquê?
- Às vezes sinto vergonha alheia quando vejo algumas mulheres com elas vestidas a fazer tristes figuras.

Passados uns minutos, já depois de as ter comprado, vejo uma moça debruçada com leggings vestidas a fazer uma dessas tristes figuras:
- Olha, vês aquela ali. Já te estou a ver assim daqui a uns dias.
- Pois, mas eu não tenho um pandeiro daqueles!
- Pandeiro? O que é isso?
- É um instrumento.

Lá tive de ir ver a definição. Confirma-se. Ela tinha razão.

pan·dei·ro 
(espanhol pandero)
substantivo masculino
1. Instrumento musical de percussãoformado por um aro de madeira com uma pele distendidaguarnecido de soalhas ou guizosque se tange batendo-se geralmente com as mãos.
2. [Informal]  Região das nádegas. = TRASEIRO


"pandeiro", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://priberam.pt/dlpo/pandeiro [consultado em 03-01-2014].

01/01/2014

Feliz ano novo

Desejo-vos um ano cheio de amor, brilho e boa disposição.
Mais ou menos como está retratado no gif abaixo.