12/03/2013

O trabalho vicia-nos

Dizia eu na semana passada que o ColegaX de vez em quando vinha com algumas ideias para posts. Eu ripostava sempre dizendo que a ideia não era nada de jeito. Mas houve uma ideia que me fez sentido e pedi-lhe para ser ele a fazer o post. Não adiantou.

Mas dizia ele que nós, enquanto programadores informáticos, estamos sempre à caça de bugs, ou seja erros de programação. Ou vemos uma página com as fontes trocadas. Ou um cálculo mal feito. Ou uma imagem não alinhada. Ou uma acção não esperada. Ou um algoritmo demasiado lento. Ou... Vocês perceberam.

A questão é que não só assumimos esse comportamento enquanto estamos no trabalho, como também o fazemos quando estamos fora dele. Ou encontramos um erro ortográfico. Ou a conjugação do verbo mal feita. Ou a palavra mal pronunciada. Ou o polícia que escreve muito devagar. Ou o painel publicitário que serve de sinal de trânsito. Ou... Vocês já perceberam novamente. Basicamente, tornamo-nos nuns verdadeiros chatos. Ou cromos. Como preferirem.

E agora, questiono-me se:
- Os professores aproveitam todas as possibilidades para nos ensinarem alguma coisa;
- Os psicólogos olham para todos os homens quando entra uma jeitosa num bar;
- Os advogados sentem necessidade de ganhar todas as discussões;
- Os bombeiros preferem lavar o carro à mangueira;
- Os militares obrigam os filhos a fazer flexões quando se portam mal;
- Os cirurgiões ficam desejosos de pegar na faca na altura de cortar carne no talho.

E vocês? Que hábitos levam do trabalho para o vosso dia-a-dia?

26 comentários:

  1. Sou dentista, reparo no sorriso de toda a gente. Se é saudável ou se tem cáries ou se as gengivas estão boas ou se estão alinhados ou se estão nivelados ou se estão rodados ou se falta dentes... . Ou... Tu percebeste.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Percebi, pois :) Percebi que tenho de mudar a minha foto de perfil e pôr uma em que não esteja a sorrir.

      Eliminar
  2. Engraçado. Também o faço, presto bastante mais atenção à forma como sou atendida, desde que também o faço.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Fica-me mais na memória quando sou mal atendido. Todos os serviços deviam ter um botão de Like que correspondesse a cada funcionário. Éramos todos mais bem atendidos :)

      Eliminar
  3. Dou por mim a analisar toooooda a gente :) adoro ser psicóloga! Ihi

    ResponderEliminar
  4. Olha eu que sou licenciada em engenharia alimentar com esta história da carne de cavalo. Agora não há um dia em que não diga a alguém que aquilo não é um perigo para a saúde pública mas sim uma fraude e que se soubessem como se fazem certas coisas que as deixavam de comer. Às vezes até digo uma mentirinha para ver se caem em tudo o que digo xD

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Então confirmas-me que no McDonald's só para coisar? :)

      Eliminar
    2. Sim, o melhor é coisar lá e comer gelados. De resto vai a outro sítio menos badalhoco :D

      Eliminar
    3. Nunca lá comi gelados, mas ela já me tentou convencer. Assim com uma opinião mais profissional, vou arriscar. Espero que não seja uma das mentirinhas :P

      Eliminar
    4. Fica descansado que não é. Come lá o gelado à vontade :)

      Eliminar
  5. Creio que todos nós acabamos por transpor o que fazemos no trabalho para a vida do dia a dia e vice-versa.
    Eu por exemplo, trabalho há alguns anos na orçamentação e em energias renováveis. Ando sempre atento a gastos e ao possivel custo das coisas assim como tento ao máximo nao desperdiçar energia e aproveitar a energia que temos grátis.

    Mas olha que não és só tu que olhas para os erros que se encontram na net nem na gramática. Também o faço normalmente e até me dá arrepios quando vejo páginas web, supostamente de algum valor, estarem cheias de erros e mal construidas.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Nesse aspeto, só insisto em desligar a tv e as luzes quando não estão a ser utilizadas. De resto, controlo muito pouco.

      Eliminar
  6. Acho que não transporto os tiques da minha profissão para fora dela. Apenas sou muito "picuinhas" com o Português, talvez porque escrevo todo o dia. :p

    pippacoco.blogspot.pt

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Há uns tempos escrevi "piquinhas". Calha a todos.

      Eliminar
  7. Respostas
    1. Haja alguém que põe os links como eu sugiro. Ou será que é apenas SPAM?

      Eliminar
  8. Ser um bocadinho "mandona", por vezes. Não é por mal, o cérebro é que aprende a lidar de uma forma e, já noutro contexto, nem sempre se adapta de imediato. A coisa piora com o cansaço, convenhamos.
    Sou é muito picuinhas com erros ortográficos e com más construções frásicas - isso sim, vem claramente da profissão. :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Se admites que és um bocadinho mandona, é bom sinal. Quem o é, raramente se apercebe.

      Eliminar
  9. Eu cá sou estudante mas dava-me bastante jeito olhar na mesma perspectiva que tu. No primeiro semestre deixei programação (linguagem MATLAB). Lindo serviço.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Eu não gostei de Matlab, mas aquilo era potente. Boa sorte!

      Eliminar
  10. vendo casas e tenho uma empresa de homestaging...estou sempre mentalmente a redecorar a casa de toda a gente

    ResponderEliminar
  11. Sou psicóloga e o grande vício é o de observar toda a gente... e como as pessoas também acabam por me contar os problemas (defeito de profissão...), acabo por "psicologizar" as respostas que lhes dou. :)
    Ah... e como também sou formadora, sou muito picuinhas com o Português e com a forma como me tentam ensinar alguma coisa.

    ResponderEliminar
  12. Trabalho num callcenter. Todos os dias trago de lá a aversão aos telefones.

    ResponderEliminar
  13. eu tenho o hábito de identificar pessoas com apneia do sono em todo o lado!

    coisasquetaseafins.blogspot.pt

    ResponderEliminar

Se queres deixar link, faz assim:
<a href="LinkDoTeuBlogue">NomeDoTeuBlogue</a>

Se viste algum erro e só queres fazer o favor de me avisar, faz assim:
TBD Erro->Correção

Se achaste graça, faz assim:
Ahahaha!

Se fazes questão que te responda, deixa um ponto de interrogação.

Se queres comentar anonimamente, assina no fim com um nome mais ou menos falso.

Em todos os comentários, deves tratar-me por tu. A não ser que me queiras insultar. Nesse caso, trata-me na terceira pessoa.